ENTREVISTA AO BOM DIA DF 07/2009
http://dftv.globo.com/Jornalismo/DFTV/0,,MUL1239924-10041,00.html
ENTREVISTA TV UNB
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A fisioterapia não é a única paixão na vida de Vanja. Ela também é uma doula, profissional que acompanha gestantes em partos naturais, geralmente feitos em casa. No ano passado, ela acompanhou o nascimento do neto.
“A gente trabalha com muitas massagens, tem manobras com bola e muita prática com o marido, abraçada com o marido. E tudo isso é feito de acordo com o ritmo das contrações da gestante”, explica a doula Vanja Mendes.
Partos assim estão ficando raros. Nos primeiros três meses de 2009, 36% dos nascimentos na Rede Pública de Saúde do Distrito Federal foram feitos por cesariana. Bem acima da faixa recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 10 a 15% por ano.
Nos hospitais de Taguatinga e do Paranoá, 40% das gestantes fizeram cesária; no Guará foram 39%; já no Hospital Regional da Asa Sul, referência em obstetrícia, o número de cirurgias ultrapassou o de partos normais: 52% dos nascimentos foram por cesariana.
“Se gasta muito mais num parto cesário do que num parto normal. O custo é muito maior na cesariana. Você emprega mais material e um número maior de profissional de saúde. Além disso, a paciente fica mais tempo internada. No parto normal, correndo tudo bem, a previsão é mandar a mulher pra casa em 24 horas. Na cesariana ela vai ficar três vezes mais”, destaca o diretor do Hras, Alberto Henrique Barbosa.
Nos hospitais particulares, essa prática chegou a 90% das gestantes. A funcionária pública Ana Carolina, que está no oitavo mês de gestação, diz que não tem tido muito incentivo para fazer o parto normal. “Com certeza, por conta da questão financeira. Os hospitais privados, nessa briga com os convênios, deixam bem claro para o paciente que a questão financeira fala mais alto.”
Além do problema das cesarianas, o Hospital da Asa Sul está com falta de leitos na UTI Neonatal. Ontem, três recém-nascidos prematuros aguardavam uma vaga. O Hras é referência em partos de risco no DF e faz muitas cesáreas. Exatamente por isso, precisa de mais leitos na UTI Neonatal.
Ainda de acordo com Henrique Barbosa, o hospital teria que ter mais dez leitos para atender toda a demanda.
Por Bernardo Menezes
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